Com uma população estimada em 889 milhões de habitantes a África possui cerca de 30.370.000km2 e apresenta um dos maiores desequilíbrios socioeconômicos do planeta. É o que indica um estudo realizado do Fundo de população das Nações Unidas (FNUAP). A pesquisa ressalta ainda que o aumento populacional e defasagens agrícolas somados a déficit
educacionais são abrangentes no continente africano. O crescimento populacional gira em torno de 2.5 milhões de habitantes ao ano.
Com cerca de 5.400km2 a região de Sahel a 5.400km entre o Oceano Atlântico, e mar Vermelho abrange os países da Zâmbia, Senegal, Somália e Etiópia. De acordo com a ONU 9.5 milhões de habitantes vivem em extrema pobreza sendo que 4.2 milhões de pessoas abandonaram suas casas em busca de alimentos. Ainda segundo a ONU o deslocamento urbano é devido a fatores climáticos, conflitos na região e pobreza extrema.
Com suas densas florestas equatoriais e um dos maiores subsolos do mundo o continente africano tem como principal fonte econômica o extrativismo. Sendo que 30% de recursos minerais são reservas mundiais. A união africana em parceria com o programa para o desenvolvimento da África (NEPAD) lançou uma campanha para aumentar os investimentos estrangeiros na África.
A diversidade linguística e cultural é inerente ao continente africano. De acordo com a África Development Indicators os idiomas mais falados são o Inglês, Francês e Árabe.
De acordo com os pesquisadores R.G Gordon, e Jr. EJ. Greeberg além dos idiomas oficiais são mais quatro grupos linguísticos expressados em todo o continente africano. Línguas afro-asiáticas, línguas Koisan, bosquímanos, línguas nilosaarianas, e línguas nigero-congolesas. Segundo a ADI, 2008/2009, são 2092 línguas faladas e catalogadas em 54 países africanos. A diversidade lingüística mantém também os dialetos Igbó ou Ibó, hausa e hauça. Ainda de acordo com o estudo a África Subsaariana, possui uma população estimada em 535 milhões de habitantes. São 48 países ao norte do continente africano. A população caucasóide se concentra ao norte do continente, reconhecida como Àfrica branca ou África setentrional. Ao sul do Saara 70% da população africana são de sudaneses, milóticos, bantos e pigmeus. Esta região do continente africano é conhecida como África negra. A principal fonte econômica é o extrativismo agrícola. Nigéria é um dos países mais populosos com cerca de 9,9 milhões de habitantes e índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0, 504.
Localizado entre o Oceano Atlântico e Mar Vermelho a região de Sahuel possui uma extensão de 5.400 km2. Cerca de 9,5 milhões da população vivem em extrema pobreza. Somália, Etiópia, Gâmbia e Senegal são países da África Setentrional que mantém o maior deslocamento urbano do continente africano. De acordo com a ONU cerca de 4,2 milhões de habitantes deixou suas casas a procura de alimentos e abrigo.
Segundo o diretor do programa mundial de alimentação da África central, Abdou Dieng, os conflitos urbanos, fome e fatores climáticos atingem a região de Sahel provocando o intenso deslocamento urbano. A UNICEF lançou uma campanha para erradicação da fome na região africana. São 1,5 milhões de crianças em completo estado de ausência alimentar aguda grave e 43 mil crianças com desnutrição profunda. Alguns conflitos do continente agravam a situação do continente provocando acréscimo de emergência sanitária.
Chamado popularmente de “cinturão de cobre” a, República de Zâmbia, é reconhecido como sendo um dos países mais pobre do mundo. Limitada ao norte da República Democrática do Congo, Zâmbia possui um total de 16,6 milhões de habitantes o IDH é de 0, 588 (2017). Segundo um estudo realizado pelo Cia World Factbook (CWK) 30% da população enfrenta índice de analfabetismo no país. Outro problema enfrentado pela população é o alto índice de HIV. Ainda de acordo com a CWF um total de 1.211,900 pessoas foi infectado pelo vírus.
O programa HIV/AIDS mantém uma campanha local com coleta de sangue e testagem domiciliar. A campanha contabilizou a prevenção de 1000 novas infecções do vírus HIV no país. De acordo com o estudo, HPTN071 POP AR realizados pelo EUA cerca de 30% de infecções caiu na Zâmbia e África do Sul. Ainda segundo o estudo um milhão de pessoas foi favorecido com o programa, HIV/AIDS Unaids, de contenção da doença no país. A campanha mantém um programa de coleta de testagem domiciliar, coleta e prevenção do vírus. De acordo com, Michel Sedibé, o estudo reforça a campanha de prevenção da doença. “A necessidade de maior investimento na prevenção e tratamento do HIV” afirma Sedibé.
As doenças endêmicas castigam o Congo
O Congo possui aproximadamente 8,9 milhões de habitantes. O território é localizado ao norte
da república centro-africana com IDH de 0, 489. O nível de desnutrição no país chega a um patamar de 22% da população.
Em recente conflito social os problemas endêmicos se agravam no país. O vírus Ebola ressurgiu na região infectando centenas de pessoas. Segundo a Organização mundial saúde (OMS), cerca de 820 pessoas foram contaminadas e 550 pessoas morreram. As crianças foram as mais atingidas pela doença no país. Foram 400 crianças infectadas sendo uma criança em cada três doentes. Cristian Lindmeler, porta voz da OMS, ressaltou que o vírus ressurgiu na região vitimando crianças, adultos e até profissionais de saúde. O impacto da doença no país fez com que a OMS transferisse pacientes e profissionais para outra unidade de saúde em Katwa. A OMS liberou uma vacina experimental para impedir a propagação do vírus no Congo. A vacina RVSV-Zebo será distribuída em primazia em grávidas, crianças e lactentes.
Fator climático também castiga o continente africano
O ciclone tropical Idaí atingiu o continente africano provocando rajadas de ventos de até 195 km/h. Moçambique, Zimbábue e Emalavi foram os países mais atingidos pelo ciclone tropical. De acordo com a Agência Associated Press 60% das mortes registradas foram em Moçambique “Não há água potável, eletricidade, escolas e saúde, é uma autêntica catástrofe”
Afirmou Luiz Lopez, médico espanhol em Moçambique.
Segundo a, Associated Press, um total de quatro mil pessoas foi infectado pela cólera, malária e tifo com a passagem do ciclone Idaí em Moçambique. Ainda segundo a AP foram 1000 óbitos constatados no país. A principal preocupação dos agentes de saúde local é conter a disseminação de doenças endêmicas como cólera, tifo e malária na região.