Amazonas em foco devido as recentes queimadas na região. De acordo com a Secretaria do Estado do Meio Ambiente (SEMA), entre 29/07 e 08/08 de 2019 foram registrados 10.261 focos de incêndio no Amazonas.
Ainda segundo o SEMA houve um aumento de queimadas nos nove estados do Amazonas. O município de Apuí registrou 709 rastros de incêndio, Lábrea 498 e Novo Aripuanã registraram 240 queimadas na região.
De acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais (IMPE), o desmatamento na região aumentou cerca de 280% de em relação ao mesmo período de 2018.
O IMPE constatou que o uso inadequado das florestas em atividades “agropastoril” intensifica ações de queimadas na região. Ainda segundo o artigo foi constatado um aumento de 11% dos gases estufa. Mariza Fonseca, pesquisadora do IMPE ressaltou que ações de desmatamento aumentam consideravelmente a degeneração ambiental. “A degradação das florestas remanescentes são consequências dos serviços ambientais” pondera Fonseca.
O pesquisador do IMPE, Alberto Setzer, ressaltou que as demandas provocadas pelos desmatamentos no Amazonas agridem o meio ambiente. “O fogo causa emissões de gases que agravam o aquecimento global” afirma.
Segundo o IMPE, o Brasil é o 3º país da América Latina com maior número de queimadas em florestas. Só em 2018, foram constatados 15 mil focos de incêndios.
O IMPE iniciou o programa de supervisão de incêndios em 1998. Na atualidade os satélites informam sobre focos de incêndios com boletins atualizados de três em três horas.
O projeto de monitoramento ambiental por satélites no bioma do Amazonas (MSA), em parceria com o banco Nacional de Desenvolvimento Econômico implantou novos satélites visando o monitoramento e combate aos incêndios do Amazonas.
O pesquisador do IMPE, Alberto Setzer, ressaltou a importância da implantação de novos satélites na Amazônia devido aos recentes focos de incêndios na região “O refinamento desse monitoramento de queimadas no Amazonas foi feito com a inclusão de novos satélites o NOA 20 e o METOP- BENAP” afirma.
Em recente reunião da cúpula do clima da ONU a estudante de direito, e coordenadora da ONG, “Engaja-Mundo”, ressaltou sobre as importâncias das transformações climáticas na região. “A ativista ressaltou também sobre as resistências dos índios nos constantes desmatamentos da região Amazônica.” O povo indígena vem resistindo há anos não vamos trabalhar com empresas que desmatam, não vamos ficar quietos, meio bilhão de árvores foram destruídas no Amazonas” afirma.
A imprensa internacional publicou sobre as recentes queimadas e desmatamentos do Amazonas indicando possíveis ações do Agronegócio e política ambiental do novo governo brasileiro.
De acordo com o “The Guardian” ressaltou a diminuição de ações ambientais e fiscalização do bioma do Amazonas no novo governo Bolsonaro. Ainda segundo o jornal o governo brasileiro não aplicou ações ostensivas em combate a incêndios na região. A demissão do diretor do IMPE foi destaque do jornal.
O jornal “The New York Times” publicou que o novo governo brasileiro ainda não apresentou ações concretas que minimizem as queimadas no Amazonas.
A Alemanha suspendeu o equivalente a R$ 287 milhões para o “Fundo Amazônia” devido à escassez de preservação do bioma.
Com uma área estimada em 1.554146.876 km2 o Amazonas se localiza ao norte de Roraima e sul de Rondônia. Cerca de 100% do Amazonas tem sua área preservada. De acordo com o Instituto brasileiro geografia e estatística (IBGE) a região norte do Brasil possui cerca de 4.144.597 hab. distribuídos em 62 municípios. Esse registro representa 2% da população brasileira.
Manaus é o estado mais populoso com aproximadamente 2.18 milhões de habitantes. O Amazonas é o maior território florestral da América do Sul e o rio Amazonas é a maior bacia hidrográfica do mundo.
DADOS HISTÓRICOS
Até 1494 a vasta região era chamada de Vale do Amazonas dominada pela coroa espanhola. Á partir do século XVI o espanhol, Gonzalo Pizarro, e Francisco de Orellano percorrerram o leito do Rio Amazonas. De acordo com etnólogos neste mesmo período a região Amazônica adquiriu este nome devido as “Icamiabas” mulheres guerreiras que habitavam esta região;
Em aproximadamente 1541, Francisco de Orelhano, descobriu o Amazonas e Piauí. As expedições europeias encontravam resistências indígenas ao longo do córrego do rio Amazonas. Ainda de acordo com historiadores o rei de Portugal exigiu que suas tropas expulsassem da região, missões religiosas, e soldados espanhóis. O hibridismo entre portugueses e indígenas na região ocorreu com a catequização Carmelita e missões religiosas constantes neste período.