Cerca de 100.000 km2 foram atingidos pelo incêndio na Austrália causando 29 mortes. O incêndio florestal começou em 19 de julho de 2019. As chamas aumentaram devido a altas temperaturas na região. As labaredas se intensificaram em 10 milhões de hectares devido aos fortes ventos e poucas chuvas. Aproximadamente 2000 casas e milhares de prédios e cidades foram devastados na Austrália. Dezenas de milhares de Australianos tiveram que abandonar suas casas.
Segundo imagens cedidas pela NASA as cidades de Camberra, Melbourne e Sydney ficaram cobertas pelas nuvens de fuligem. Todos os oito estados da Austrália foram atingidos pelas chamas. Portmacquarie, Newcastle, Victória, Nova Gales do Sul, Sydney, Camberra e Mallacota foram as regiões mais atingidas pelo incêndio. Segundo o Serviço de distribuição de Energia de Novas Gales do Sul um total de 4000 mil pessoas foi prejudicado pelo desabastecimento de energia e telefonia local.
Gladys Bereji Klian governadora do estado de Novas Gales do Sul ressaltou como sendo um dos piores cenários possíveis. “Ainda não chegamos ao pior de tudo isso” afirmou.
O primeiro-ministro da Austrália, Sott Marrison, liberou o equivalente a US$ 1,4 bilhão de dólares para o país se restabelecer dos incêndios. O premiê recebeu severas críticas por não ter avaliado a tempo o aumento da crise. O governo cedeu cerca de US$ 14 milhões de dólares no aluguel de aeronaves estrangeiras no combate as chamas.
Em Victória foram enumerados 14 focos de incêndio e 13 áreas de atenção. Foram constatados pelos serviços de emergência de Nova Gales do Sul subestações danificados e desabastecimento de energia. Aproximadamente 100 mil pessoas abandonaram suas casas na cidade devido ao impacto das chamas.
Cerca de 3000 bombeiros e 3000 militares trabalharam na contenção do incêndio na região. Um total de 440 equipes de emergência foram destacados no auxílio as vítimas do incêndio. Os EUA, Canadá e Nova Zelândia enviaram 240 equipes de emergência ao local do incêndio. De acordo com o Nacional Aerial Fire Fighting cerca de 500 aeronaves foram utilizadas em toda Austrália no combate as chamas.
Christopher Dickman, professor de ecologia terrestre da universidade de Sydney ressaltou que a Austrália tem uma das maiores extinsões de mamíferos do mundo. “Não há nada que se possa ser comparado com esta desvatação” afirmou.
Pesquisadores da Universidade de Sydney apontou que aproximadamente um bilhão de animais foram mortos devido ao incêndio na Austrália. Em setembro foram cerca de 480 milhões mamíferos mortos devido as chamas. Répteis, aves e mamíferos foram os mais atingidos.
Milhares de pessoas na Austrália fizeram passeatas devido ao prezuizo das chamas no ecossistema. Dado emitido pelo sistema de metereologia da Austrália ressaltou que devido as emissões de carbono e mudanças climáticas houve um aumento na temperatura. O efeito Dipolo originalmente do oceano índico provocou o aumento da temperatura e queimadas na Austrália. O EL Nino índico ocorre quando a temperatura da superfície do oceano está mais quente em uma parte do oceano. Enquanto em outra região está mais fria. A pressão atmosférica aumenta provocando o ar seco na região.
Segundo a Agência Federal de Ciências da Austrália o número de queimadas no país tem aumentado desde 1988. Dale Dominey Howes, professor da Universidade de Sydney, afirmou que os incêndios atuais na Austrália serão com uma intensidade normal e constante. “Precisamos de novas abordagens de manejo de desastres com uma equipe profissional que possa ser acionada a qualquer momento” afirmou.