Super bactérias ameaçam a saúde pública mundial. Segundo a Agência Mundial de Saúde (OMS), até 2050, cerca de 10 milhões de pessoas serão infectadas pela super bactéria resistentes a antibióticos. A escassez de novos antibióticos capazes de combater as bactérias resistentes fez dobrar o número de pessoas infectadas no país. Ainda de acordo com a OMS o número de óbitos poderá chegar a 100 mil ao ano. São gastos na economia mundial o equivalente a 84 trilhões de dólares na prevenção da doença e novas contaminações.
Algumas bactérias resistentes como a, Acinetobacter Baumannii, e a enterobactéria são resistentes ao carbapenêmicos. Estes antibióticos são usados em pacientes já infectados e imunodeprimidos.
Dados avaliados em um estudo na Inglaterra, Review on Antimicrobial Resistente (AMR), constatou que a cada três segundos, três indivíduos, serão contaminados pelas superbactérias até 2050. Ainda de acordo com o estudo o consumo exagerado dos antibióticos pela população faz aumentar a resistência antimicrobiana.
No século XVI substâncias naturais como sais e plantas e bolor eram usadas em ações anti-sépticas. A descoberta da penicilina em 1928, pelo cientista escocês, Alexandre Fleming, reacendeu o estudo sobre infecção bacteriana. As décadas de 40 e 70 ficou reconhecido no meio acadêmico como sendo a época de ‘ouro dos antibióticos’ doenças bacterianas como pneumonia, meningite e septicemia eram diagnosticadas em menor número na população.
A Klebsiella Pneumonia Carbapenemase (KPC) é uma bactéria resistente a 95% dos antibióticos. A KPC foi identificada em 2000 e infecta pacientes imunodeprimido em ambientes hospitalares provocando doenças como pneumonias e infecções sanguíneas. Um estudo realizado no Rockfeller University NY apontou a descoberta de um antibiótico capaz de combater o Staphylococcus Aureus Meticilina (SARM). O Malacidins é resistente a meticilina bactéria encontrada em áreas externas, solos e também ambientes hospitalares “É um longo caminho entre a descoberta inicial e o uso médico de um antibiótico” afirma, Sean Brady, da equipe do University Rockfeller.
O New England Journal Of Medicine, publicou um artigo sobre a bactéria Vancomycin Resistance Staphylococcus Aureus (BR-VRSA). A bactéria foi encontrada por cientistas brasileiros e americanos e verificada em lugares externos e UTI hospitalar.
Segundo a ANVISA 77,4% das infecções bacterianas são resistentes a antibióticos. Dados avaliados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica Paulista constatou que a taxa de resistência a antibióticos no Brasil chega a um patamar de 14 a 53%. “Estamos numa situação de alerta” afirma Ana Paula Assef da Fundação Oswaldo Cruz.
Os antibióticos resistentes travam uma batalha seletiva no organismo, as bactérias tentam resistir, e sobreviver no organismo levando o paciente a óbito. A campanha global de prevenção da Agência Mundial de Saúde (ANS) prevê a redução de antibióticos, vacinação da população, uso de água limpa e potável como forma de prevenção na contaminação de superbactérias.