Em janeiro de 2020 cerca de 24 mil pessoas foram infectadas pelo coronavírus em Wuhan na China.
O primeiro caso reportado de covid-19 foi em 1º de dezembro de 2019 na república popular da China em Hubei. Cientistas chineses analisaram a possibilidade de o vírus ser de origem zoonótica iniciado no mercado atacadista de frutos do mar e animais exóticos de Wuhan. Pesquisas realizadas na Universidade de Agricultura do sul da China avaliaram que o mamífero com escamas em extinção o Pangolim pode ter sido o hospedeiro intermediário do vírus.
Outra pesquisa realizada pelo centro Chinês para controle e prevenção de doenças ressaltou a similaridade do vírus com a genética de morcegos e cobras.
Cerca de mil amostras de animais selvagens foram estudadas e destacou que o genoma sequencial do vírus dos pangolins são 99% idênticos aos dos pacientes infectados em Wuhan. Ainda de acordo com cientistas a hipótese seria de que em algum lugar da China um morcego poderia ter deixado rastros de fezes. Possivelmente o Pangolim poderia ter tido contato com os restos de excrementos e infectado posteriormente humanos transmitindo o vírus.
Especialistas ressaltam que a comprovação desta tese depende da descoberta dos animais infectados com o vírus. O professor do Zoological Society of London, Andrew Cunningham, destacou que grande parte de animais silvestres como o morcego servem de hospedeiro do vírus permitindo a transmissão indireta, ou seja, de um ser vivo para outro.
Cientistas decifraram o código genético do Covid-19 através de um paciente infectado. A avaliação da amostra indicou uma grande possibilidade de os morcegos serem os principais causadores da doença.
De acordo com a professora da University College (UCL), Kate Jones, do Reino Unido ressaltou em um estudo a probabilidade de os morcegos carregarem uma enorme carga viral antes de ficarem doentes.
Segundo o professor de virologia molecular da Universidade de Nottingham EUA, Jonathan Ball, afirmou que ainda não há evidências concretas do Pangolim ser hospedeiro do vírus. “Precisaríamos ver todos os dados coletados para verificar a relação entre humanos e Pangolins infectados, e constatar se eles estavam sendo comercializados nos mercados de Wuhan” diz Ball.
Centenas de pessoas foram contaminadas diariamente em Wuhan. A China construiu dois hospitais em 10 dias e proibiu cidadãos de saírem de suas casas neste período.