DESASTRE EM BRUMADINHO

O rompimento da barragem da mineradora da Vale em 25/01 em Brumadinho, Córrego do Feijão, MG, foi um dos maiores desastres sócios- ambientais do Brasil. Com o impacto da ruptura da Barragem, desativada desde 2015, foram lançados no Rio Paraopeba o equivalente a 14 milhões de metros cúbicos de plumas rejeitos.

De acordo com o Instituto Médico Legal de Minas Gerais o tsunami de lama de aproximadamente 86 metros de altura provocou a morte de 245 pessoas deixando 25 pessoas desaparecidas. Cerca de136 militares da Corporação de Bombeiros de Minas Gerais, quatro cães e 101 máquinas foram usadas no resgate das vítimas. Segundo a Assessoria da Agência
Nacional de Águas (ANA) a lama de rejeitos atingiu o patamar de 44km do local do acidente atingindo São José de Varginha. De acordo com a Assessoria da Vale cerca de 427 funcionários estavam no local do acidente, sendo que 279 foram resgatados com vida.  “Grande quantidade de vítimas, mas possivelmente o dano ambiental será menor” destacou, Fábio Slhvartsman, presidente da Vale.

Algumas vítimas do rompimento como, Geraldo do Carmo, e Vera Lúcia Souza conseguiram correr e escapar com vida. A inspetora aposentada Ana Paula e Silva conseguiu fugir em um caminhão contendo 90 toneladas de carga e alertou através do rádio outras vítimas do acidente. A pousada Nova Instância desapareceu no mar de lama. Cleosane Coelho Mascarenhas e o filho Márcio Mascarenhas morreram no local.

Em nota o Instituto Mineiro de Gestão de Água (IGAM) ressaltou que não há indícios de rejeitos no reservatório da Usina Hidrelétrica de Barragem de Juatuba. A IGAM apontou que 79 milhões de metros cúbicos de água foram liberados para o consumo. Ainda segundo a IGAM a análise da água do Rio Paraopeba está sendo monitorada por laboratórios credenciados. Não
há indícios de pluma de rejeitos a 310 km do local em Retiro Baixo. Segundo a IGAM em parceria com a ANA o desastre ambiental ocorreu no primeiro momento do rompimento da barragem com mortalidade de peixes e planctons marinhos. Representantes da sociedade civil se reuniram em 17/04 para discutir sobre a poluição do Rio Paraopeba.
O Rio Paraopeba afluente com o Velho Chico possui aproximadamente 15.278 bilhões de metros cúbicos de água abrangendo 48 cidades de Minas com um total de 1,3 milhões de habitantes.

MÉTODO DE BARRAGEM

A principal finalidade de um minério de ferro é a hematita. A extração bruta do metal nobre é separada de outro mineral como a areia. O restante é transformado em lama de rejeitos contendo ferro, magnésio, cobre, argila, arsênio, sílica e chumbo. O material descartado é recolocado de forma hidráulica em um grande reservatório sendo o ponto mais baixo de uma barragem. A finalidade tem o objetivo de não contaminar rios e seus afluentes. O método Montante construído em Brumadinho permite a retenção de rejeitos minerais através de um dique. Na medida em que a quantidade de rejeitos se eleva novos degraus de contenção ou alteamentos vão se formando.

São 20 mil barragens com o método montante no Brasil. A barragem de Córrego do Feijão construído em 1976 pela, Feterco Mineração, pertencia a Vale desde 2001. De acordo com a Assessoria da Vale a extração de minério na mina do Córrego do Feijão no Rio Paraopeba é de 12,7 milhões de metros cúbicos de minério o que equivale a 7% da produção da empresa, ou 26,3 milhões de toneladas de minério.

Segundo a Assessoria da Vale a empresa deixará inativa a exploração da Barragem 1 do Córrego do Feijão. Em acordo com os moradores será construído no local do rompimento um corredor ecológico. A Vale inaugurou uma diretoria especial de reparação e desenvolvimento com o objetivo de acolhimento e assistência as vítimas.

Foi aprovado pela Advocacia Geral do estado de MG o pagamento de um salário-mínimo por um ano às vítimas de Brumadinho que residem a 1 km do rompimento da barreira. A Vale informou em nota que foram destacados 190 profissionais, médicos, biólogos e veterinários para auxílio às vítimas de Brumadinho. Ainda de acordo com a empresa mineradora foram realizados 6,8 mil atendimentos médico e 46 mil itens farmacêuticos foram doados a prefeitura local. A empresa destacou também que foram concedidos 100 mil reais a 275 famílias envolvidas no acidente sendo liberados ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais o equivalente a 20 milhões de reais.

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