ENVELHECIMENTO EM FOCO

O processo multifatorial do envelhecimento humano depende de fatores neurobiológicos estruturais, funcionais e químicos. O envelhecimento sadio, patológico e estrutural do ser humano está relacionado com formas ambientais, socioculturais, boa qualidade de estilo de vida, dieta e dizer não ao sedentarismo.  De acordo com estudos científicos da PUBMED publicados entre 1911 e 2006 o ser humano pode ter uma expectativa de vida de 110 a 120 anos de vida. O ciclo vital da maturidade biológica começa aos 25 e 30 anos. O período inicial adulto do ser humano tem a fase inicial dos 25 anos e finaliza aos 40 anos. Os adultos com 40 anos até 65 anos são classificados como adultos médios ou de meia idade. Os adultos com 65 anos até 75 anos são reconhecidos na biologia médica como adultos tardios na velhice precoce. Segundo estudos biológicos o envelhecimento ocorre devido a morte recorrente das células somáticas do corpo humano. Neste estágio o corpo humano idoso não processa a renovação celular como ocorre no corpo jovem. A substituição de novas células ocorre devido ao envelhecimento celular, podendo ocasionar a diminuição da rede vascular, glandular e tecido fibroso. As células imunológicas em indivíduos longevos diminuem com o avanço da idade. As células não se replicam com facilidade. Com o envelhecimento ocorre uma desaceleração da renovação celular advindo um aumento da danificação celular podendo manifestar no indivíduo ações inflamatórias ou alérgicas. Com a aceleração da idade alguns idosos apresentam alterações de imunidade. Crises inflamatórias, infecções, malignidades e degenerações podem ser intensificadas com o envelhecimento. De acordo com estudos a danificação do DNA é devido a ações de exposições a radiação UV, toxinas orgânicas ou idade avançada. Com o envelhecimento a imunidade sofre alterações, o organismo apresenta inflamações recorrentes, infecções e degenerações orgânicas. Os indivíduos adultos sofrem reduções progressivas hormonais com o avanço da idade e os principais sintomas são afinações cutâneas epidérmicas e dérmicas. Este efeito na derme é reconhecido no meio acadêmico como efeito “pele crepe”. Outro fator relevante para o envelhecimento da pele ocorre com o estresse oxidativo. Segundo estudos com a desaceleração da renovação celular ocorrem alterações do DNA podendo causar danificações celulares de forma sistêmicas com potenciais alérgicos e inflamatórios. Ainda segundo artigos científicos com as adulterações das células imunológicas de forma reduzida e  progressiva ocorrem a diminuição da melhora oxidativa devido ao aumento da idade. Os radicais livres, poluição, exposição aos raios UV e estresse oxidativo ascendem a aceleração do envelhecimento cutâneo. A radiação solar provoca um aumento  do foto envelhecimento e risco de câncer da pele. Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação aceleram o envelhecimento metabólico.

As pesquisadoras americanas, Blackburn e Carol Greider constataram que a enzima telomerase é responsável pela proteção do envelhecimento dos cromossomos e regeneração dos telômeros. Localizado na parte final dos cromossomos os telômeros possuem um sequenciamento repetitivo de DNA.  De acordo com pesquisadores com a longevidade dos telômeros ocorrem uma proteção genética. Os telômeros são responsáveis principalmente pela longevidade e é um biocondutor do envelhecimento humano. Quanto mais encurtados os telômeros devido a divisão celular o DNA fica desprotegidos podendo ocorrer a degeneração progressiva dos tecidos e órgãos. Um estudo realizado pela Dra. Helen Brow, diretora do laboratório de Baxter de biologia das células tronco na Faculdade de Imunologia e Microbiologia de Stanford Califórnia destacou o uso de micro RNA molécula transformadora capaz de adentrar o núcleo da célula codificando as enzimas telomerase. Com o alongamento das enzimas telomerase  ocorrem mais inserções de DNA. O aumento da telomerase provoca a estabilidade dos comprimentos do telômeros responsáveis pela proteção da degeneração celular, envelhecimento cutâneo e perda de colágeno. Com a elevação da enzima telomerase ocorre a preservação do encurtamento dos telômeros. Com o decorrer do envelhecimento os telômeros diminuem em comparação com o nivelamento dos telômeros em pessoas jovens. Estudos indicam que com o encurtamento dos telômeros no organismo em seus embasamentos genéticos ocorrem desiquilíbrios e mortes celulares podendo ocorrer mutações do DNA. A apoptose molecular programada, ou morte celular, incita o “ colapso da homeostase” ou desiquilíbrio das funções corporais e instabilidade da temperatura interna corporal. Estudos científicos indicam que com o aumento de consumo de alimentos ricos em piasina como ovos, pernil e salmão aumentam consideravelmente a quantidade da enzima telomerase. Ainda de acordo com estudos científicos o controle homeostático e reajustes basais como o controle de temperatura, pressão arterial e batimentos cardíacos propõem o equilíbrio e manutenção fisiológica do organismo. Outro propulsor do aumento progressivo da morte célular ou apoptose são permeados por substâncias oxidativas, estresse e detritos oxidativos. Estudos indicam que com a desaceleração da rede vascular e glandular ocorrem uma aceleração do envelhecimento. Outro fator como danos e males intracelulares aumentam os danos no organismo e senescência da pele. O enrugamento da pele pode ser de forma intrínseca ou cronológica. Fatores genéticos, alterações metabólicas, estresse oxidativo provocam efeitos como enrugamento e ressecamento cutâneo. As linhas de expressões ou rugas com espessuras mais finas da pele são comumente manifestadas neste momento mais longínquo da vida humana. A radiação através dos raios ultravioleta, álcool, tabagismo e poluição ambiental também favorecem o envelhecimento progressivo cutâneo.

Segundo um estudo realizado pela organização Pan Americana de saúde serão aproximadamente de 1 a 6 indivíduos com idade acima de sessenta anos até 2030. Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde avaliou que existirão  aproximadamente 2 bilhões de idosos até 2050 em todo o planeta. Esta estimativa aumenta em países com renda percapta ascendente. “ As pessoas estão vivendo mais, mas não necessariamente saudáveis” OMS

Um artigo publicado em 2013 pelo programa de Pós-graduação em psicologia da Pontífices Universidade Católica de Campinas destacou a importância de pesquisas metacientistas sobre envelhecimento humano. Segundo a pesquisa haverá um aumento significativo de população idosa até o ano de 2025.

De acordo com a OMS desde 2005 são desenvolvidos programas sócios educativos sobre o envelhecimento ativo da população. A meta é a promoção de políticas públicas e sociais tendo como destaque ações em prol da qualidade de vida para o envelhecimento saudável. Equilíbrio alimentar, atividades físicas e manutenção da saúde física e psicológica são pautados através de ações colaborativas permeadas na OMS. Estudos científicos em geriatria e gerontologia indicam que aproximadamente 15% a 40% dos idosos acima de 70 anos apresentam saúde estável. O indivíduo que apresenta boa saúde, equilíbrio funcional adequado, independência física e mental, estabilidade em atividades sociais aumenta a expectativa de vida na terceira idade.

Ainda segundo estudos de gerontologia e geriatria os termos usados em medicina como senescência e senilidade apresentam diferenças no aspecto do envelhecimento. A senescência em idoso comporta alterações orgânicas com fenômenos multifuncionais, psicológicas e sociais devido ao avanço do envelhecimento. De forma análoga, a senilidade indicam diversos fatores multisistêmicos e afecções que atingem o idoso através de afecções diversas e patogênicos. Ao atingir este estágio o individuo enfermo em diversas fases agudas necessita de cuidados médicos e hospitalares tendo em vista o equilíbrio mental, físico e cognitivo do paciente.

Segundo um estudo do médico especialista em ortopedia e traumatologia da Santa Casa de misericórdia de Marília, SP, existem dois correspondentes de envelhecimento. O primeiro reconhecido como “ modelo de Brack Le Hurst”. Neste aspecto o ancião apresenta vulnerabilidade salutar em viver em sociedade devido as questões multisistêmicos. Com a fragilidade orgânica a codependência familiar se destaca pelo grau de fragilidade patológica.

O modelo de Buchner mantém formas assistenciais e preventivas correspondentes a saúde do idoso. O objetivo de Buchner visa aspectos salutares e epigenéticos adotados através de hábitos de vida saudável como boa alimentação, atividades físicas e mentais. Estes métodos permeiam em ações  preventivas e assistenciais preponderantes na saúde do idoso. “A longevidade tem dois componentes o primeiro é até quando você vive, sua expectativa de vida cronológica, o segundo, o quão bem você vive”. Peter Attia

De acordo com um artigo publicado no Journal of the American Medical Association publicado em 2020 cerca de 120 milhões de americanos sofrem com a síndrome da doença metabólica. Um estudo pontuado no livro “Outlive” pelo médico Peter Attia, destaca que a síndrome metabólica está sendo uma das maiores causadoras de óbitos em pacientes idosos. Vale ressaltar que a doença metabólica foi descoberta pelo endocrinologista Gerald Reaven em Stanford em 1960. Peter Attia aponta em seu livro que a doença da síndrome metabólica apresenta no indivíduo vários sintomas. Elevação da glicose, resistência a insulina, pressão arterial elevada, circunferência abdominal e elevação do triglicérides. “Uma das principais marcas do envelhecimento é a deterioração da capacidade física” Peter Attia

Ainda segundo Peter Attia cerca de um quarto dos indivíduos com 75 anos ou mais poderão apresentar doenças cardiovasculares devido a incapacidade física, déficit  cardiorrespiratória e deficiência da capacidade cardíaca. Attia, destaca que com o avanço da idade algumas pessoas podem sofrer com sarcopenia, atrofia muscular ou perda muscular. Fatores neurobiológicos como a demência e instabilidades neuropsiquiátricos como a depressão e Alzheimer podem ocorrer com maior frequência e intensidade em idosos.

Um estudo publicado com o Dr. Achman em 1997 ressaltou que o cérebro sofre alterações neurobiológicas com diminuição sinápticas neuroquímicas, e alterações estruturais no neocórtex e hipocampo. Nesta fase de vida alguns indivíduos apresentam um aumento significativo de diminuição óssea, desiquilíbrio e enrijecimento das articulações. Ainda segundo Attia as mudanças físicas e orgânicas do envelhecimento biológico pertinentes ao envelhecimento celular apresentam sintomas como sarcopenia, perda muscular, cirurgias inesperadas e aumento de quedas de forma recorrentes. Fatores neurobiológicos e progressivos fatores demenciais e neuropsiquiátricos devido a depressão, Alzheimer e crises de ansiedade apresentam maior chance de ocorrência em idosos com idade avançada. De acordo com Peter Attia exercícios físicos e aeróbicos permitem a vascularização e aumento de oxigenação de fatores neurotróficos ou moléculares que ativam o hipocampo e memórias.

Estudos científicos em geriatria e gerontologia indicam que a mudança regular de estilo de vida, controle dietético e afastamento do sedentarismo influenciam a epigenética. O conjunto de fatores externos que transformam a expressão gênica como a epigenética modificam os fatores genéticos do indivíduo através da transformação do estilo de vida.

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