A mitologia grega em um período reconhecido como pré-socrático permeava ideias difusas através de Deuses míticos, ritos e totens. As ações da natureza eram usadas como bases explicativas as respostas humanas.
A filosofia surgiu na Grécia antiga em contraponto aos movimentos míticos antagônicos, e surreais que habitavam o pensamento grego. O homem estava em busca de respostas sobre as questões da humanidade. A filosofia serviu de aparato e deu início as bases explicativas sobre fatos e eventos obscuros e fenomenológicos da vida humana.
Segundo historiadores, foi à partir do séc. IV a.C, era pré-Socrática que a filosofia surgiu como aparato explicativo das questões humanas através do raciocínio lógico. Pensamentos e conceitos racionalistas, realismo e raciocínio lógico surgiram através dos filósofos antigos. Thales de Mileto ( 611 a 546 a.C), Eléia, Demócrito, Pitágoras e Parmênides, Heráclito e Anaxímenes eram designados como filósofos pré-Socráticos. Thales de Mileto, introduziu o elemento água como ordenação do mundo e princípio universal, Heráclito de Efeso, teve como embasamento o elemento fogo, Demócrito usou o elemento átomo como princípio humano em bases explicativas da humanidade, Anaximenes introduziu o elemento ar como ordenamento da vida. Questões básicas do cotidiano Ateniense como, o porquê, como, o que é, eram respondidas por filósofos de forma lógica através de análises racionais. A escola Jônica, fundada por Thales de Mileto e seus discípulos, Anaximandro, Anaximenes e Heráclito de Efesos em 624e 556 a.C, marcou a história da filosofia grega em bases realístas.
A filosofia antiga buscava em síntese destacar e responder sobre fenômenos da humanidade em seus significantes e significados em embasamentos concretos e realistas, e conceitos subjetivos e introjetivos. De origem etinológica grega, a filosofia, philosophia, designa-se amor a sabedoria. Com o aparecimento dos primeiros filósofos gregos os pré -socráticos mitigavam conceitos reais sobre as dúvidas da humanidade.
De acordo com o historiador e Doutor Leandro Karnal, a história da filosofia surgiu através da Physis, mundo natural e questionamentos cosmológicos entre o saber e conceitos sobre o mundo em sua formação natural. Antes os fatos eram explicados através do mito, (mythos), e narrativas mítica. Prometeu e Narciso eram mitos pulverizados no pensamento da sociedade Ateniense como forma de explicação sobre alguns fenômenos da natureza. O uso da razão e da lógica permearam o pensamento grego através dos primeiros filósofos.
A escola Jônica, fundada por Thales de Mileto, e seus discípulos Anaximandro, Anaximenes e Heráclito de Efesos em 624e 556 a.C marcaram a história da filosofia grega através de ensinamentos realísticos. O elemento água foi o embasamento nas teorias de Thales de Mileto como princípio universal. Anaximenes introduziu o elemento ar como ordenamento da vida. Heráclito de Efesos dedicou seus estudos sobre a fluidez dos movimentos, para o filósofo tudo flui em um fluxo contínuo. O mundo em constante mudança. Vale destacar que todos os filósofos pré- Socráticos pulverizavam o pensamento comum Ateniense através da lógica. Com a chegada da era reconhecida como Socrática, com os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles, surgem novas ideias e pensamentos como forma de explicação sobre os valores éticos, morais, políticos, sensíveis ao homem em sociedade. O conceito de Ethos na Grécia antiga era definido como moradia, costumes, a morada de um povo. As questões éticas permearam sobre os pensamentos filosóficos na Grécia antiga. Sócrates ( 469 – 399 a.C, definiu o termo virtude como ética em sociedade. “ Ética é a virtude da alma” Sócrates. O fílósofo antigo definiu e conceituou ética como sentido de felicidade através de ideias de verdade, virtude e bondade. PLatão, definiu o sentido de ética com a política através do compartilhamento do poder. O filósofo indexava valores éticos através do “Estado ideal” de um povo, com coragem e virtudes de sabedoria. Aristóteles através dos fragmentos escritos, “ O tratado a Nicômaco”, associou o conceito de ética através da justiça, sabedoria e harmonia. Em seus ensinamentos Aristóteles destacou que a sabedoria ética seria a prática do bem através da conduta moral, racional e justiça. “ Eu uso a minha faculdade racional logo chegarei ao bem através da minha reflexão” Aristóteles. O filósofo fundamenta o conceito de ética como conduta humana através da justiça ou virtude completa. Aristóteles pressupõe que a condição principal de felicidade é a vivência com atitudes de uma vida racional através de experiências e pressupostos vividos. “ A virtude, ou melhor, a excelência dependerá de um julgamento claro, autocontrole, simetria do desejo e requinte de meios” Aristóteles O discípulo de Platão, em seu livro, “A ética de Nicômaco”, destacou que a felicidade é permeada através do conhecimento através da razão. Aristóteles definiu o conceito de virtude através de hábitos de escolhas racionais de bem viver. O embasamento teórico do mestre e filósofo refletia sobre o conhecimento e análises sobre a ciência natural em bases empíricas e sensações. Através desta análise filosófica Aristóteles reconheceu 4 etapas sobre o conhecimento virtuoso, a Sensação ( Aisthesis), Memória (Mnemósine), Experiência ( emperia) e Arte ( técnica ou téchne). Sócrates ao integrar a filosofia do conhecimento dizia que a virtude ( arité), eram formas humanas de praticar a busca da verdade através do bem. Ele, em um dos seus discursos, segundo escritos descritos por discípulos, afirmava que o homem em suas práticas ditas como viciosas, deixava o ser com lampêjos de ignorância. “ Uma vida sem busca não merece ser vivida” Sócrates. Os conceitos filosóficos ditos como estruturalistas sobre a convivência do homem em sociedade permitiram que filósofos antigos pontuassem pensamentos filosóficos através de dialéticas críticas das manifestações e ações humanas em sociedade e a busca da verdade. A dialética política, social através da virtude e ética adquiridos através dos ensinamentos filosóficos antigos capacitou ao homem uma convivência mais harmônica e feliz. Platão, através de seus escritos “ A república de Platão”, foi um dos primeiros filósofos a cunhar a dialética política e social. Os estudos do filósofo apontavam em seus textos sobre a organização política na coletividade através da virtude. A polis idealizada por Platão manteria ideais de prudência, temperança ( calma), sabedoria, pensamentos virtuosos e justiça. ”Quem é capaz de ver o todo é filósofo, quem não, não” Platão.
De forma análoga, os sofistas não eram muito aceitos pelos tradicionais Socráticos, estes filósofos discursavam em arenas de forma verossímil, e tinham o hábito de cobrar pelo feito.
Com o surgimento da nova percepção do império grego surgem novas formas de reavaliação cultural e social na sociedade ateniense. Com a conquista de Alexandre Magno sobre os impérios da Grécia a Macedônia no período reconhecido (334-323 a.C surgiram novas formas de hibridismo entre as culturas gregas e Roma antiga.
Segundo o historiador, Johnan Gustav, o período reconhecido como helenístico, acentuou mudanças religiosas, políticas, culturais com a união dos povos macedônicos e diferentes etnias. A essência e cultura grega e filosófica científica se manteve. O helenismo segundo Gustav, tinha como significado que a cultura grega era pulverizada no mundo ocidental e assimilada entre os povos. Surgem novas escolas e vertentes filosóficas como o estoicismo, cinismo, ceticismo e hedonismo.
De acordo com o filósofo, Moisés do Vale, em seu livro a História fundamental da filosofia, Zenão de Cítio influenciado pelas ideias de Sócrates, inaugurou a primeira escola estóica do período antigo grego. O filósofo tinha sido um pequeno comerciante em Atenas, que mediante um infortúnio, o barco em que transportava as mercadorias adernou pondo um fim em todos os projetos comerciais do futuro filósofo. Zenão, buscou na filosofia uma forma de atenuar as diversidades fundando um novo estilo de vida. Os escritos de Zenão foram perpetuados por Xenofonte em 354 a.C. O filósofo em seus fragmentos dizia que o universo pressupõe causas e efeitos. Fatos que são advindos através do poder e ética, neste sentido o homem deve ser regido por um pensamento estóico racionalista, nos quais transcendem as “ leis universais” e o poder cósmico. Segundo o filósofo a realidade através de acontecimentos exteriores define a causalidade. Neste sentido o pensamento estóico necessita de entendimentos e racionalismos sobre as leis universais. Zenão de Cítio, destacava em seus ensinamentos que o pensamento estóico é regido por uma “razão universal” que transpões todo o poder corpóreo. Os filósofos estóicos afirmavam que o “Deus universal” comanda todo o entendimento cósmico. Esta ideia segundo o autor determina que a influência ou o que transpõe a subjetividade humana através de um Deus, uno, universal, é o que rege o próprio ser. Ainda de acordo com Do Vale o pensamento estóico destaca que o conhecimento humano advém mais da sensibilidade e sentido. Do vale, ressalta que a filosofia estóica na representação grega antiga permeia sobre bases empíricas através das experiências como sensações e percepções humana.
Nascido em 50 dc, na cidade grega antiga de Hierópolis, o filósofo Epicteto foi um dos principais filósofos estóico do período grego. O antigo filósofo foi escravo comprado por Epafrodito, um ex escravizado e secretário pessoal do imperador Nero. Epafrodito permitiu que Epicteto estudasse os ensinamentos estóicos. O filósofo pontuava que o valor da razão do conhecimento acentua a felicidade.” O homem livre é aquele que vive de acordo com a razão” Epicteto.
Com pensamentos minimalistas e até contrário aos alinhamentos sociais e culturais da Grécia antiga, Diógenes foi um filósofo cínico que buscava nas ideias de Antíteses (365- 445 a.C) pensamentos naturais, phisis. O filósofo tinha como sua única moradia um barril, preconizava em seus entendimentos uma vida natural, simplória, uma certa radicalização a ética, e a natureza como princípios de virtude. Diógenes, praticava mínimos hábitos de higiene pessoal e era contrário aos costume humanos. Ao ser inquirido por Alexandre o Grande, em uma certa ocasião na cidade grega de Cranêion, o imperador romano disse: “Pede-me o que quiseres”, Diógenes respondeu: “Deixa-me ver o sol”. A escola cínica no qual Diógenes apregoava foi inaugurada por Crates de Teba. A escola cínica, tinha como origem etmológica, Kynicos, Kyôn e cães. A corrente apregoava ensinamentos de felicidade, temperança, naturalismo e pensamentos minimalistas.
Outra vertente filosófica antiga, a escola cética, Sképsis, foi fundada pelo filósofo grego antigo Pirro, nascido em (318- 227 a.C). A premissa maior da escola cética seria a ataraxia, ou o ápice da felicidade humana. Designa-se do pensamento cético a descredibilidade, o não julgamento ou Époché, e fazer o bem. De acordo com o filósofo, Moisés do Vale dos Santos, em seu livro “A história fundamental da filosofia”, Pirro preconizou o embasamento filosófico ceticista.
Ainda segundo, Vale dos Santos, a doutrina Hedonista, grega, Hedoné, tinha o nome de uma deusa, Daemon da mitologia grega. A escola hedonista preconizava o bem supremo ou o prazer como o bem e a maior felicidade. Inserida nos costumes sociais e culturais do período reconhecido com helenístico, a escola hedonista filosófica tinha como antítese a busca do prazer com moderação, o domínio do desejo e ausência da dor.
Através de um salto histórico epistemológico através do conhecimento o reconhecido “campo teológico medieval” se destacou com os preceitos filosóficos religiosos de Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e Santo Anselmo. A fé e a razão através dos valores morais individuais se fazem presentes na forma ética coletiva da sociedade medieval. Os prazeres mediados pela hedonia, ou o prazer humano, deixa de ser extraordinário, o dogma se faz presente através dos ensinamentos cristãos religiosos. A autoridade episcopal através da doutrinação católica de Santo Agostinho torna a igreja autoridade máxima. Este período medieval entre os séculos VI e XV foi mediado de forma gnóstica com influências de virtudes divinas e com doutrinação católica. De acordo com historiadores, os conceitos filosóficos religiosos perpassam o princípio de dignidade através da ideia de”campo místico” através da religiosidade e “formas divinas”, “dignitas non noritur”, “a dignidade nunca morre”. No decorrer da história moderna o conceito antológico de dignidade é representado através das leis e funções políticas , sociais e éticas. A ideia de dignidade nas sociedades européias medievais eram estratificadas e designadas através de funções públicas.
Entre 1632 e 1704 as concepções filosóficas através de filósofos como Jonh Locke promoveu a filosofia através de bases científicas e sobre a “teoria do conhecimento”. Locke afirmou em seus ensinamentos o conceito de “tábula rasa” ou um modo de compreensão da filosofia científica. O filósofo destacou que a mente humana é como um “quadro em branco” nos quais são gravadas todos os conhecimentos, ideias e sensações do decorrer da vida humana. “Só a experiência preenche o espírito com ideias”.
Um dos embasamentos teóricos de Kant 1724 e 1804 afirmou que todo o conhecimento humano procede o intelecto, sentido e razão. Ainda segundo Kant o conhecimento é postulado mediante a observação e experimentação empírica.
Kant destaca que o intelecto é oriundo do pensamento, razão e sentido que forma o racionalismo puro e humano. O filósofo dizia que o sujeito e o objeto são formas de conhecimento. E que o conceito humano inato adquirido em base individualista faz com que pensemos e tenhamos percepções aprioristas antes de quaisquer experiências.
Segundo o filósofo, Brend Niquet, Kant norteia o racionalismo puro como vertente filosófica em suas bases de conhecimento. A ideia elucidativa do conhecimento Kantiano perpassa entre o dualismo entre o sujeito e o objeto. Kant, destacou que o que advém do indivíduo pertence ao sujeito e a análise das coisas é ligado ao objeto. Sujeito e objeto são elucidados em subjetivismo e objetivismo, ou o concreto e o abstrato. A análise Kantiana sobre a teoria do conhecimento pontuou sobre análises subjetivadas dos fatos em si e como em construções de ideias em perspectivas de forma subliminares, subjetivas e objetos de forma concreta permeado no mundo das ideias. Enquanto o conhecimento objetivo é tangível em objetos palpáveis e propõe uma análise concreta sobre as coisas da forma nos quais são apresentadas.
O filósofo Hume (1711 e 1776) escreveu o “princípio da causalidade”, A base intríseca do pensamento do filósofo Hume ( 1711 e 1776) em “o princípio da causalidade” destacou experiências empíricas através das análises do sentido, sensações e aspectos sensoriais. Para Hume todo conhecimento científico advém, e são percebidas através das experiências humanas inteligíveis em seus modos de sentir e são analisadas em embasamentos empiricos que pressupõe uma verdade absoluta. Os valores em bases e pensamentos aprioristas através de análises científicas deverão ser incontestáveis.
Uma das concepções filosóficas do alemão Schopenhauer, 1788 e 1860, em sua obra escrita “O mundo como vontade” expressa o desejo de vontade em bases metafísicas como concepção humana. O pensamento do filósofo moderno destaca uma analogia do conhecimento humano baseadas em experiências intuitivas e desejos de vontade. Ainda de acordo com os ensinamentos do filósofo só o desejo de vontade através da arte seria capaz de conter este lampejo.
De acordo com o filósofo Will Durant, Schopenhauer, propõe em seus pensamentos a consciência humana” como efeito de causalidade, espaço e tempo. Os ensinamentos do filósofo do séc.XIX, destaca a subjetividade humana em preceitos causais sobre as experiências vividas e a representatividade do conhecimento através da supremacia da inteligência.